quinta-feira, 5 de maio de 2016



Um futuro imprevisível.
Patrícia Rossi

A tecnologia faz parte do nosso cotidiano, e com os avanços no decorrer dos anos, os adolescentes se tornaram cada vez mais ligados ao mundo virtual, se tornando pessoas “viciadas”, isso de certa forma prejudica o desenvolvimento do adolescente, principalmente na área psicológica. E quais são as consequências que essa dependência pode ocasionar? Quais são os sinais da dependência tecnológica?
As consequências podem surgir de acordo com tempo, afetando principalmente a saúde psicológica do individuo, sendo algo comparado até mesmo com as reações ocorridas em viciados de substancias ilícitas. De acordo com a Unidade de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, além das reações psíquicas algumas pessoas podem desencadear problemas de coluna, depressão, ansiedade, problemas de visão, distúrbio do sono, entre outros transtornos.O psicólogo Cristiano Nabuco, doutor em psiquiatria e coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica da Universidade de São Paulo (USP) defende a tese de que tudo ocorre por que os adolescentes de certa forma vêem no meio virtual, uma maneira de suprir os desinteresses que tem pela a sua realidade.
Alguns sinais da dependência tecnológica aparecem de forma discreta, e deve-se ficar atento á cada indicio de que esteja excedendo o limite, para que o problema não passe despercebido assim à dependência não se torna uma patologia. Dentre vários sinais, pode se citar alguns deles: preocupação excessiva com a internet; necessidade de aumentar o tempo online para ter a mesma satisfação; exibir esforços repetidos para diminuir o tempo de uso da tecnologia; apresentar irritabilidade; entre outros. Caso algum individuo apresente alguns desses sinais, deve-se buscar ajuda nas pessoas ao seu redor, como a família, que deve interferir no assunto quando perceber que o seu filho, neto ou irmão esteja ficando tempo demais ligado em games, redes sociais e no mundo virtual. E se os resultados não forem favoráveis, a pessoa deve ser encaminhada a um especialista.
O assunto de “vício tecnológico” se tornou algo tão comum nos dias atuais, que já existe vários centro de recuperações espalhados pelo mundo. De acordo com o site ISTO É, em países como Japão, China e Coreia do Sul, a dependência já é tratada como questão de saúde pública, e os projetos para os “viciados tecnológicos” são baseados em programas para reabilitação de dependentes químicos. Já no Brasil a assistência aos dependentes é feita em serviços vinculados a universidades e o tratamento se baseia em terapias, intervenção familiar e remédios, se necessário, explica Dartiu Xavier, diretor do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes, da Universidade Federal de São Paulo.
Há uma grande linha de pesquisa que diz ser a geração digital, que nasceu a partir de 1995, a geração perdida. Embora ela tenha acesso à informação, essa informação não está virando conhecimento. E porque isso está acontecendo? Por que os adolescentes, não sabem lidar com tantas informações ao mesmo tempo, acabam se perdendo e se envolvendo em assuntos desnecessários que atraem mais atenção. Basta cada qual colocar em sua própria consciência de ser humano, que a vida é muito mais do que um mundo virtual, e que as experiências sem a interferência de tecnologias são muito mais interessantes do que as que são contidas dentro de um computador ou smartphone. Vá a festas, se divirta, converse com amigos, viaje, fuja da monotonia da tecnologia e a diferença será enorme.

Um comentário:

  1. Esse uso excessivo das redes sociais é preocupante, visto que causa todos esses problemas que você citou. As tecnologias são ótimas, só temos que usa-las a nosso favor! Excelente texto!

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