segunda-feira, 9 de maio de 2016

Mais um vício que está consumindo os jovens

Alexia

Vivemos hoje cercados por tecnologia, por redes invisíveis que se sobrepõem de tal maneira que nem mesmo as vemos. Os aparelhos eletrônicos estão presentes em todos os momentos, no trabalho, em casa, até mesmo nos momentos de lazer. No entanto, penso que ao serem usados em excesso, o que era sinônimo de facilidade e praticidade, torna-se um vício.
Considerada por médicos e especialistas uma dependência tão crônica quanto à de substâncias como álcool e cocaína, o transtorno já é reconhecido pela Associação Americana de Psicólogos como Transtorno do Vício de Internet.
Conforme informações divulgadas pela Digital Clarity, um grande número de pessoas podem estar sofrendo de transtorno do vício em internet. O estudo foi realizado com 1.300 jovens entre 18 e 25 anos. Os resultados revelam que 16% dos analisados apresentaram sintomas do problema, como euforia nos momentos que estão on-line, e depressão e pânico quando estão longe dos aparelhos que lhes proporcionam o acesso.
Esse problema que chamamos de vício tecnológico, não é algo tão simples quanto aparenta ser, pois não se trata apenas de horas perdidas no celular ou computador, há também vários danos a saúde.
De acordo com o artigo publicado em 2013 na revista americana PLoS ONE, o habito pode trazer riscos à saúde física e mental: avaliação feita com usuários assíduos mostrou que o vício está associado a alterações de humor, riscos de depressão e sinais de abstinência. Entre os sintomas físicos, destacam-se taquicardia, sudorese, secura na boca e tremedeiras.
A sensação de sentir o celular vibrando no bolso sem isso acontecer, é uma espécie de alucinação que pode ser causada devido ao uso do aparelho.“E essa é mais umas das inúmeras consequências do vício tecnológico”, explica a psicóloga comportamental Angélica Campelari. Ela também relatou que para deixar o vício, a princípio é preciso procurar outras formas de informação e distração. Como por exemplo, ao invés de utilizar o celular ou o computador, algumas alternativas são ir a biblioteca ou ao cinema.


A tecnologia pode e deve ser utilizada para o crescimento das pessoas, e não as pessoas dependendo dela. Portanto precisamos refletir sobre a forma como a tecnologia tem mudado a maneira de nos interagirmos uns com os outros, e cuidar para que essa ferramenta que está a todo o momento oferecendo novos conhecimentos, praticidade e entretenimento, não acabe nos distanciando do mundo real.

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